“Fale com o seu médico”: a frase que nós, farmacêuticos, precisamos abolir
Outro dia, parei para assistir ao vídeo de uma farmacêutica relativamente conhecida no nosso meio. O tema era interessante, o cenário era profissional, mas algo me incomodou profundamente. A cada informação mais complexa sobre a farmacoterapia, a cada dúvida que exigia um raciocínio clínico mais apurado, a resposta era a mesma: “Converse com seu médico para entender melhor“.
Aquilo tocou num ponto sensível. E, não um ponto novo.
Se você, colega farmacêutico, está na linha de frente, seja na drogaria ou no ambiente hospitalar, provavelmente já sentiu o peso dessa situação.
Lembrei imediatamente da minha época na drogaria. Chegava um paciente com uma receita complexa, uma dúvida sobre interação medicamentosa ou um pedido de indicação para um sintoma específico. Quantas vezes eu não vi um colega, sentindo a insegurança bater, recorrer à saída mais “segura”: “Olha, para ter certeza, o ideal é você voltar no seu médico“.
No hospital, o cenário se repetia com outra roupagem. Durante a discussão de um caso clínico, na hora de calcular a concentração final de um antibiótico na bolsa de soro, ajustar a vazão de um medicamento na bomba de infusão ou discutir uma alternativa terapêutica, a hesitação aparecia. E com ela, a mesma frase, dita para a equipe de enfermagem ou para o próprio paciente: “Vamos confirmar essa informação com o médico“.
Pare e pense: nós somos a autoridade em medicamentos. A sociedade nos formou e nos concedeu essa responsabilidade. O medicamento é a nossa praia, o nosso domínio. Delegar essa responsabilidade no momento extremamente importante é como um chef de cozinha que, na hora de temperar o prato principal, pede para o cliente consultar o maître. Não faz sentido.
A culpa é nossa? Ou a raiz do problema é mais profunda?
Essa insegurança generalizada me leva a uma pergunta inevitável: será que a nossa graduação está nos preparando de verdade para o campo de batalha? Será que o ensino superior em Farmácia não se tornou superficial demais, um oceano de conhecimento com a profundidade de um pires?
Saímos da faculdade sabendo um pouco de tudo, mas sem dominar o primordial para a prática clínica. E é nesse vácuo, nessa lacuna de conhecimento prático e aprofundado, que a insegurança floresce.
É por isso que uma pós-graduação de qualidade se torna não um luxo, mas uma necessidade absoluta. E não estou falando de mais do mesmo. Não adianta fazer uma especialização que seja apenas uma revisão aprofundada da graduação. Precisamos de algo que transforme, que capacite, que nos entregue as ferramentas que faltaram.
É hora de virar o jogo. É hora de ser a referência.
Foi percebendo essa triste realidade que o Inspifar nasceu. Nascemos da inconformidade de ver profissionais tão capazes sendo subutilizados por falta de conhecimento direcionado. Nossa missão é preencher essa lacuna que a graduação deixou e que o mercado de trabalho expõe de forma tão cruel.
O que nos torna diferentes? Tudo.
Nós não queremos ser “mais uma” pós-graduação. Queremos ser A pós-graduação que realmente fará a diferença na sua carreira. Oferecemos um ensino de qualidade, focado, inovador e pensado para a sua realidade prática.
- Conteúdo que transforma: são 162 aulas gravadas, distribuídas em 14 módulos espetaculares, que vão do básico ao mais avançado, sem enrolação.
- Mestres de verdade: nossos professores não são apenas teóricos. São profissionais com vasta experiência prática no que ensinam. Eles sabem os desafios que você enfrenta, porque eles também já estiveram aí.
- Suporte e acolhimento: além do material didático de excelência, temos aulas ao vivo semanais. Um espaço para você tirar dúvidas, discutir casos e sentir que não está sozinho nessa jornada. Queremos que você aprenda de verdade.
No final, o nosso objetivo é um só: transformar você em um profissional de referência. Aquele farmacêutico que não apenas conhece o medicamento, mas que domina a farmacoterapia. Aquele que, quando confrontado com uma dúvida, não terceiriza a responsabilidade, mas assume seu papel com confiança e resolve.
Pense no impacto que você pode causar na saúde da população, que muitas vezes tem dificuldade de acesso a uma consulta médica. Ter o conhecimento necessário para orientar, para intervir, para garantir o uso seguro e eficaz dos medicamentos… isso não tem preço.
Chega de dizer “fale com o seu médico”. A partir de agora, a resposta será: “Pode falar comigo, eu sou o farmacêutico e eu posso te ajudar”.
Essa mudança começa com uma decisão. A decisão de se capacitar, de se empoderar com conhecimento e de ocupar o lugar que é seu por direito.
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Autora: Larissa Alana, farmacêutica e professora, possui experiência em indústria farmacêutica, drogarias de grandes redes, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), hospitais e Ministério da Saúde. É mestre e especialista em Farmácia Hospitalar, Clínica e Oncologia.
